Meu Coração aquece uma queixa.
Espera para não esquecer a deixa.
Acaso ele desespera de alguém?
Se aguilhoa, a quem aguilhoa?
Por mais que a teu corpo doa,
se te dói é por haver mais além...
Para silenciar o teu mal,
atento,
escuta a batida que vem.
Prenuncia a condição atual
a necessidade do primeiro fruto: o Bem.
II
Cerra a cortina dos Olhos.
Emudece as vozes em redor.
Retira-te para a Câmara Escura,
graciosa...
Quando de lá voltares,
faze de ti uma Lâmpada.
Nunca, entanto, digas
o que lá encontrou,
sob pena de diminuí-la.
Também o Véu é sagrado.
sábado, 30 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Ginnungagap
Explicar é desdobrar.
Mas, de dentro para fora
ou de fora para dentro?
Dobrar é complicar.
Complicar é enrolar.
Essa imagem foi tecida
a partir do rolo de papiro.
A raíz é *pl - donde plural.
O plural diz
o entrelaçamento do não ser ao ser?
O um que multiplica a si mesmo
a partir do espaço.
A filosofia se explica?
Se explica a filosofia?
Quando se estica o laço
o que faço com o que caço
ou só complica
o que se acha?
Ou só acha quem ignora o nó?
É o Um que multiplica a si mesmo?
O que é o duplo, é um outro
ou o que és?
Duplicar é dobrar.
Eu fecho o papiro quando complico.
E o papiro é o livro fechado dos que dormem.
Mas o papiro se abre e de dentro para fora se explica: estica.
É preciso estar desperto
para o que se diz.
Quem sente esticar o papiro vê os caracteres pularem a sua frente.
E o ente, o ser se explica ou complica-se entre o preto e o papel:
a linguagem é o outro do ser,
a imagem.
A palavra replica o ser.
O ser tem na palavra sua cópia.
Pois o ser é uno, e as palavras, tantas...
Se o ser é o todo,
como se explica o ser?
Para que lado eu o desdobro?
Transbordo.
Então é para dentro que eu me lanço?
Por acaso, algum instante estive fora?
E agora, inço a âncora?
Meu coração é uma ânfora
que como cânfora traz lágrimas aos olhos.
Chaves só há nos molhos
de quem tem os olhos certos.
Mas, de dentro para fora
ou de fora para dentro?
Dobrar é complicar.
Complicar é enrolar.
Essa imagem foi tecida
a partir do rolo de papiro.
A raíz é *pl - donde plural.
O plural diz
o entrelaçamento do não ser ao ser?
O um que multiplica a si mesmo
a partir do espaço.
A filosofia se explica?
Se explica a filosofia?
Quando se estica o laço
o que faço com o que caço
ou só complica
o que se acha?
Ou só acha quem ignora o nó?
É o Um que multiplica a si mesmo?
O que é o duplo, é um outro
ou o que és?
Duplicar é dobrar.
Eu fecho o papiro quando complico.
E o papiro é o livro fechado dos que dormem.
Mas o papiro se abre e de dentro para fora se explica: estica.
É preciso estar desperto
para o que se diz.
Quem sente esticar o papiro vê os caracteres pularem a sua frente.
E o ente, o ser se explica ou complica-se entre o preto e o papel:
a linguagem é o outro do ser,
a imagem.
A palavra replica o ser.
O ser tem na palavra sua cópia.
Pois o ser é uno, e as palavras, tantas...
Se o ser é o todo,
como se explica o ser?
Para que lado eu o desdobro?
Transbordo.
Então é para dentro que eu me lanço?
Por acaso, algum instante estive fora?
E agora, inço a âncora?
Meu coração é uma ânfora
que como cânfora traz lágrimas aos olhos.
Chaves só há nos molhos
de quem tem os olhos certos.
sábado, 16 de outubro de 2010
Memento Mori
E seguiu-lhe atroz
a sombra rude e feroz
e disse-lhe, rouca:
- Lembra-te de morrer, louca.
a sombra rude e feroz
e disse-lhe, rouca:
- Lembra-te de morrer, louca.
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Elated
Death made us equal
O sol se punha
e todos os cães
da cidade
firmavam o acordo
de velar por ela.
Latir é velar.
Velar é zelar.
Senzar
Zoar
Zôe - dzeta / ômega / epsilon-êta
Zion
Zi (leão ou leoa)
An (ser humano)
O cosmo,
esse grande zoo-lógico.
I felt elated:
no lugar que soa.
Da Montanha de Sião
partiram as almas...
Águas de Lindóia, 08 de outubro de 2010
Assinar:
Postagens (Atom)