sábado, 16 de janeiro de 2010

Realismo Fantástico

3:33

Assistia um filme e marcava a hora o display.
Pouco depois cheguei em casa.
Encontrei minha irmã,
preciso sair mais com ela.
Muito bom...

Estamos com isso de marcar horário.
Fiz instintivamente.

Às 3:33 aconteceu uma revolução na consciência.
Percebi meu lugar no cosmos.

Salve simpatia.
A melhor companhia neste show.

Muito antes apenas pude acenar.

Não é questão do falso.
A percepção é infalível.

Não há falsidade para o palato.

You´re somewhere underground.

A cada minuto recomeça a noite.

És jovem. Então erra.

Quando aprendes a não mais errar
me encontras.

Sou o amante perfeito, modéstia a parte.

Não pude mais que acenar...
Isso demonstra-me confiável.

Rosacruzes não são sequer assaltados.
(a frase quase não é minha)

É sério!
Por que não sou levado a sério?
São minhas metáforas?

Sou feliz!
sou lúcido e estou, geralmente,
onde quero estar com quem importa.

Estou me sentido muito bem.

Além do que...

Só quero te ensinar a navegar
no mundo, a conhecer a índole das coisas,
também pessoas.

Deixo passado presente.
Falarei do dia de ontem.
Sem palavras.

II

Como as coisas são claras enquanto vigentes fazem
o brilho contínuo e as trêmulas vozes embargadas jazem
no cordel de laço das palavras sentidas, a maior declaração
de amor de que é capaz o coração traz a amada, aparição!

Trezentos metros multiplicados por quarenta minutos.
Quilômetros que antes a distância afrontava o fluxo
eliminados pela maciez do recurso,
o poeta é muitos caminhos.

Ada, o nome dela.
Foi de todas a melhor apresentação possível.
Ela se fez presente a situação,
com a ironia marcante do visível.

O poeta se movia e a todos inebriava.
Nas cordas em todos o nó não afrouxava
o pé da última palavra desde que no clangor
da última nota, falha.

De toda a verdade é capaz o Amor:
ainda não inventaram coisa que o valha.

É isto?
Não, apenas o verão do meu capricho.




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