sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Íris

Tua ânsia em irada Íris,
fere com ás de espada
quem me fere os astros
e coroa a balaustrada.

Quando partires lírios
vossos jazerão em vasos
de lustrosos alabastros
que choram a cabeleira

de fio solar te trará basta,
qual negra cachoeira
triste em planície cega,

fria, surda e seca poeira
que ao trigo trairá a sega,
ao orvalho beberá a hasta.

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