terça-feira, 9 de setembro de 2008

Emulação

Forte êmulo, esse que exerce seu empuxo sobre espíritos.
Quão pouco puderam contemplar em jogos, os perdidos,
Vãos entretenimentos abertos a custa dos sentidos verdadeiros.
Perdidos em jogos como em lúgubres espelhos,
Os que refletem errado sobre o neutro picadeiro,
Se ao conteúdo esquecido não ligam o paradeiro.
Do que vai no peito, o anseio, do tempo perdido,
Donde havia abrigo para o mais sincero anelo.
Espera você! Ai de ti! Quem vem lá?
Não mais sob tristes órbitas habitarás.
Dessa partida a natureza está farta.
Pelas murchas flôres trocou a horta.
Penitentes olhos seguem de soslaio o nome nas criptas.
Ainda o fôsse com os oiros e não com as copas...
Figurativa a folhagem pende de árvores mortas,
Tão fácil é fazer versos tão longos por essas paragens
Ensurdecedoras da palavra que não encontra o rumo.
As horas espraiam na litania do odorífero e patético fumo,
Aos que entretecem em perguntas tétricas miragens.

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