O ser humano, já que é natureza,
tem horror ao nada, ao vazio, ao vácuo.
Assim busca preencher-se
com muitos nomes e coisas.
Vive-as em mente,
e onde espreita a morte.
Não sabe que a causa
da morte é o amor e o apego.
Essa ignorância
dita-lhe a sorte.
A confiança se não provas,
também não se conquista.
Apenas o mérito é justa divisa.
Não ao acaso como numa noite fortuíta
onde do amor dos pais recebe a criança
a beleza como que por dádiva.
Como se a morte não fosse a libertação
das limitações corpóreas.
Vejam como os sentidos alcançam as estrelas,
veja como o pensamento as ultrapassa.
O sono é necessário,
ainda que seja inútil.
O material não importa.
Acaso choras por que tens lágrimas?
A natureza poderia fazer peixes de plástico.
Se não tivesse algo melhor a disposição.
O que mantém, enfim, a coesão,
existente em cada coisa consigo,
e entre as coisas vivas,
em seus afetos, células e átomos?
Atom-Hearth-Mother!
Sun-Rá-Lux-Father!
sábado, 3 de janeiro de 2009
Horror Vacui
"E se acaso eu chorar,
não se espante,
o meu riso e o meu choro
não tem planos".
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