sábado, 3 de janeiro de 2009

Lab-or-a

Quando eu canto o seu coração se abala
pois eu sou porta-voz da incoerência
Desprezando o seu gesto de clemência
eu sei o que meu pensamento te atrapalha

Sele só o seu cavalo de batalha
e faça a lua brilhar ao meio-dia.
Tempestade eu tranformo em calmaria
e dou um beijo no fio da navalha,

para dançar e cair nas tuas malhas,
gargalhando e gemendo de agonia.

(Alceu Valença - Agalopado).

Ora, ora, labora et inveniens.

O laboratório é o mundo.
O mundo está contido em mim.
O mundo não me contém.

Aquele mapa é o resumo de tudo.
O mal encontrou em mim um alvo.
Não tomou coisa alguma como refém.

Sabe a largura do vaso e a altura do céu,
o rigor, e o pendor do íntegro athanor,
onde o mal se transmuda num bem maior.

Tal a extensão e profundidade do mal
à descida voluntária da e na reflexão
bem equivale ao auge da exaltação,

livra-te do mal que há em ti;
humilho e purifico-te.

Os braços são vastos como o mundo.
E, eu não te odeio.

O sol não faz distinção...
Solve et coagula.

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