Sublime sopro de espírito inflama de súbito a recâmara.
Tudo que há de mim é o positivo adro onde reclama,
a tâmara e o oásis em noite outrora senhora de estâncias.
Inda bem que à alma é dado conter
a desintegração nos limites do corpo.
Sem que o espírito seja igual ao éter,
ainda que disperse tão fluida a poesia
faz de si a conta no fluído de seu sopro.
A ingratidão para com a vida, a heresia,
é do se crer unidade em si na condição
do perder-se a parte em mil pedaços.
Se percebo o olhar
perco os olhos de vista.
O olhar adianta-se aos olhos.
O corpo é o sósia que não é em si mesmo.
A divisa peremptória que no seu contorno
se deslinda à grandiloquência, no mínimo
eterna da brincadeira aleatória dos traços.
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