Ondulante assanha a relva
o vento ululante que a selva
arranha...
O solo.
Os trigais douram e duram
ao sabor do sol...
É o vento em suas asas
entre as espigas que se faz
presente...
Em direção constante
sigo eu e instante
astro a pino no zênite
o céu dividindo...
Nesse instante à casa chego.
Sozinha, no alto do morro,
bem na beira escorregadia,
segue a hora e arraial carrega
nas costas no fluir sadio da hora.
Tudo caminha e o manancial
atravessa-nos.
Raia alto o sol
que tudo incendeia
e a cor realça a tez
inteira em graus.
Subi firme e fixei-me lá.
Em ti a alça o ombro plácido
coroava o meu assombro.
Tu eras o sol nas pálpebras
coando pois o manancial inteiro
em teus olhos tresloucaria-me.
Tua pele resplandecia amorenando
e o sabor melífico dimanava desde
o peito...
Sorvia a imagem.
Mata-me a sede aos poucos
passo-a-passo, aproxima-te!
Só eu sei para onde o vento caminha.
En general,
on ne ce sait pas où il vent s´en vá.
Por que tu não te pintas...
Pour quelle raison tu ne te faisait pas en coleurs?
- demandai l´enfant.
Em cores ternas
sabíamos de ti,
ó Presença que
tudo perpassa!
Quer saber.
Assim pergunta
a criança em suas letras...
Quando tudo é linguagem.
Breve a língua di-me:
- Veredas não rasgarias
na carne rica se o fim eterno
e lento e vário não se fizesse...
A outra em ti, a reflexão,
é um roedor que ao tino transtorna.
É em ti a vida que se faz de louca
para sofrer de rir em teu peito...
irrepetível.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário