quinta-feira, 19 de março de 2009

Hedoné

Em homenagem a Memória.

Lembra-me o conteúdo ético da Fábula das Abelhas
do utilitário que sustenta serem o sensual e o ébrio-
dessas vantagens a economia de indivíduos e estado.

Em verdade, aconselhado como grego a ser distinto
entre ovelhas, "não ao cálculo" - disse eu.
"Nem asceta, hedonista, materialista, utilitário, ou,
o que quer que calha não valha ser menos que sou".

Se não me faz ver de outro modo, a não ser de través,
e por filtros afeita a outros motivos, isso de que afeta,
o não aparentar afeto, quanto te saís feito criança que
ninguém vê, achando-se o triste e pálido sem sorrires
é que ao certo soube que ao fazer te manietas em ser:

Quão ébria! Pensa em qualquer outra coisa quem ter
não podes... Acaso desejas, alma cínica?
Logo o cínico que nada quer, e por isso,
zomba de quem ao desejo não sacia?

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