A borda do mundo é uma Águia.
Se não me faço entender,
É que há propósito em só
Saber o que se quer dizer.
Crepita trêmula e vária a bandeira.
E em sonho a si mesma encerra.
A voz que canta em seu eixo gira.
O profuso eco da musa não erra.
Pelo sonho ia sem eira.
A mão ávida não capta a mente:
pira face à tão sinuosa serpente,
em espinho a rosa protegida gira.
Ao tocá-la fez-se orvalho
a opalescente gota branda.
Enraizada nuvem deu a luz o carvalho.
Ao core trespassa trôpega a sombra,
canhestra, lôbrega, como ás de baralho.
Morto o homem o duplo dias
dançaria sem câimbra.
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