Atroz é a jornada pelos sete mundos de Maia...
Até que ponto o Todo é o imóvel?
Não sei. Assim estás representado
Na Roda:
- Numa antiga narrativa cósmica,
Diz a voz do fogo recém nascido:
Da arte de mim mesmo é imagem
Minha imagem e a minha sombra.
[Minha sombra és na minha imagem].
Vesti-me como a mim mesmo em ti.
A tua perícia me deslumbrou o dia.
“Sê comigo” quando tornares a ser,
Novamente, eu mesmo e os outros.
Então o Artista concebeu na Veste,
A primeira indumentária do Leste.
Desce radiante sobre a terra e reina
Sobre mim – que sois vós mesmos?
Do primeiro nascido te encontrei entre
o perscrutador silencioso e sua sombra.
Ela tornou-se mais forte e radiante com
Cada mudança. A luz do sol do dia tem
Mudado no meio-dia de glória, quando,
Não há sombra humana sobre a Terra –
As asas rumorejam através das chamas
Do fino poder do fogo verdadeiro – Fohat.
Zero
A Lua vestida de Ouro, olhar noturno,
Broche de glória, da luz que não cessa –.
Acaso te não interessa o além Saturno?
Faz que desconheça a morte e a pressa.
Não alteia a parca ilusão de teus dias?
Corpo negro cravejado assaz brilhante,
Cadê teu seio donde brota lancinante,
A ocasião dos seres que de si irradias?
Festivo pela noite que cerra o destino
O nosso teto solar não me acabrunha,
Atravessar a nado é a sina que pugna
Adepto fiel em seu constante desatino.
Alarga o templo na tocha que impunha
O labor de quem cumpre o que designa.
II
A Estrela plena & lúcida é o escrutínio
Plácido e lânguido que o olhar arrasta,
Se de si a só espelho cósmico contrasta,
O bestiário astral e secreto de um Plínio.
Langoroso o licor jorra da Fonte Total.
O que cai com igual força retorna fatal,
Ao gargalo seminal aberto na comporta
Sideral do mistério que semeia a aberta
Horta quando fazemos silêncio, não hás?
Sibila o oráculo na busca de que é capaz.
Mostra teu dente àquela que te a cansará
Já que teu ímpeto não se compraz a caçar
Pouca coisa que no laço não se comporte:
Compete contigo sempre outra, é da sorte.
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