sábado, 25 de abril de 2009

Esfinge II


Absurdamente assustadora é a face humana.
Livre de toda má intenção & mácula profana,
Segui a prumo sobre teu dorso augusto de leão.
Desci-lhe o ombro & tive com a pata, a mão em garra.

Desde a aurora do tempo está oculta a senda.
O seio de Esfinge assíria de onde brota a lenda,
Também nos diz que a história não foi em vão,
Quando no umbral do Templo for lida a maldição:

Se não tiver a força de demover o flanco do Touro,
Volve sob teus calcanhares & parti, pois todo ouro,
No vigor dos olhos dela, exige de ti também perícia,
& se não a tiveres com malícia, ai de ti se és aquém!

Dela como não convém, faz a si mesmo um bem: foge.
Da leve negra águia, porém, asas já não podem tomar.
Pois hoje já não há quem isso entenda:
Tomais, pois a dita & a prenda:
Querer, ousar, saber, calar!

Um comentário:

A primeira estrela disse...

tu brinca com as palavras como se isso realmente fosse um jogo fácil=*