quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Thanatos ouk te kai Eros

O animal que negou o instinto segue depravado.
O que o distingue, não isso de ser pensativo,
mas o usar-se da liberdade, se ainda não se vê privado,
da vontade, tamanha falta ao prazer é cansativo.

Cativo em sua concha, com a inércia do sentimento,
lúgubre tormento causa a alma do homem verdadeiro.
Parceiro na fruição, benfazejo é o auxílio primeiro
para quem se queixa de tamanha preda, pensamento
[afunda e erra]

tímido em meio ao selvagem assustado; coragem no brado!
forte célere age por impulso, sem o infortúnio do obtuso
meio que erra o alvo colimado, acertando a qualquer obstruso

intruso, patife de pérfide marca maior, com seus asseclas obstinados,
egos, que até acredito equivocado sincero, que nada! um perverso,
que não faz as vezes dela, velho e morto nas calças; tão diverso:
é Eros que corre célere e pelas montanhas as escarpas inflama,
com o terror emanado de seu verso.

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