quinta-feira, 4 de março de 2010

Hypérion II

Sob a égide sangrenta dos conflitos cósmicos
perante o palco onde a vontade se afirma,
construí pontes para ti, minha irmã,
estrela alva em teus rítmicos abalos sísmicos.

Defraudarei bandeiras e canto a glória de Apolo.
O que seria de ti, olímpico, sem o titã
que é o espelho negro de tua vitória,
irascível solo que há por trás da tênue manhã?

Passos céleres de Aurora cavalgam a montanha...
Rosados dedos te deram o ilustre aedo.
Canção honrosa para os que acordam cedo.

O carro lento avança em altivez tamanha
que os mortais ainda hoje te cantam a façanha
e seguem em coro a quem lhes abranda o medo.

F.'.

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