A alma carregada no mundo
de luz do sol sem penumbra,
reflexo feito luz interior, vai
todo aquele que já brilha, vê
visão de tudo quanto sem ela
não seria possível, além dela,
nem aquém dentro ou o fora,
na mesma fonte a de outrora,
a mesma natureza noturna
em sua crisálida, taciturna
recolhida em seu repouso;
lamparina bailarina diurna,
desabrocha em asas, pouso
na íntima paixão da poesia.
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