sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Essa música eu não dedico


A ninguém.

Ai de minha vela que pelo mar singra
Inflama porque ama o vento & sangra
& se o traga o rodamoinho, que o traga
as plagas d´outro mundo e cesse a vaga
na crista dos dissabores que os amores
falsos causam a quem credita os ardores
aos alvores de outrem, dístico mefítico
Que ao prolífico não atordoa, do tétrico
som que reboa em vão quis te poupar,
Diabolus in musica, não ouves o rufar?
Se inda por bobagens te faltará o ar
& obsessiva tenha vindo me buscar,
não fique triste
que aos poucos
reservo a ternura,
& a uma só -
a ternura inteira.
1 de dezembro de 2008

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