I
Se consigo tens,
simples és feliz.
Que te does
doa o a quem doer.
O que tiver a sorte
dispensa e perdoa.
Mas tudo isso tem
um sentido:
a quem mais for dado
mais lhe será exigido.
Faz da sorte um fá sustenido.
Corpo que há, corpo que vai.
Mala a sorte limita e cai
numa vala e não mais flui
II
Os olhos cessam.
A entropia o diminui.
Ainda resta tempo
a perceber o que não sois.
Não mais teu cadáver
arrastará nem caráter
a te distinguir.
Cai o pano resta-lhe partir.
O grosso pano de tuas vestes
não dispensaste para o rigor
vigoroso de teu último fulgor?
Quantos anelos alimentastes?
Diante quantos anseios fulgazes,
em medo tépido não paralizastes?
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