sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Da força e grandezas negativas

III

A grandeza negativa,
bem entendida,
é como a sombra
que a distância
do referente
parece maior,
como o amor próprio
inflado de tudo quanto é falso,
por se parecer as coisas que busca,
mas não se é.

Diferença qualitativa:
saber é infalível,
a exigência sobre humana
é que seja sempre verdadeiro.
A opinião verdadeira
pode perdurar
por muito sob
a égide da qualidade
de ser verdadeira,
mas pode deixar de sê-lo,
e tornar-se não mesmo,
o seu contrário ou seu outro.

Por isso, de modo hilário,
diz-se casuisticamente:
“eu acho...” o que não se encontra!
E esse é o retrato do registro opinativo.

O que pesa mais afinal de contas:
o ser ou o não-ser?

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