terça-feira, 14 de outubro de 2008

Alquimia, calor e suor.

Quamquam animum turbatus ero, (fataliter angor
Omne nefas sequitur) tamen haud mihi tantus anhelam
Deiciat mentem pavor, ut vi victus et expes
Indignantem animam tristi cum murmure fundam,


Na alquima do verso a essência linda
no aloés transmuto o denso em raro,
com rico manejo da mimese preparo,
o sol central da representação infinda.

Com ortoépia e pedante prosódia a face pia
claro como um girassol que ao sol procura.
Ao tangenciar consigo obtém de si a cura
seguir paciente rente ao ouvido de quem lia.

Tornar-se pedra dizia um poeta místico
era não ter coração ligado a nada
já que encosta mas não entrelaça.

Pensar essas coisas, que a falta do mover-se
resulta da ausência do calor, naqueles que em si
o ardor não provém de uma causa externa,
houvesse levado em conta aquele dístico.

Uma tristeza demasiada não condiz 
com a natureza humana...

Ah terras prolíficas,
de ondas caloríficas,
de mão e solo gentís.

Peito refeito sem ardís,
as velhas e toscas charnecas,
as barrocas canecas
das ânsias comuns.

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