quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Índia Dois

Distantes ele muitas verstas,
do sumo da uva e as florestas,
sabia q´as impressões nestas,
perduram e não pelos séculos.

As imagens quentes destas são
ilhas que brotam as milhares.
Doces e úmidos olhares sãos
tais frases túmidas honestas.

Auspíces, lhamas, especulos,
do báculo, arúpice e espadas;
o corte traz viva alma nestas,
se são o que em si guardaram.

Pelas tintas da alma firmes
preenchem as suas ânforas,
do cosmo tempera o tempo
igual ao que encerra o ciclo.

Se ao mover-se ressoa por eras
mede em centúrias as estréias,
enquanto os barrís de carvalho
permanecem & ainda quentes.

Um comentário:

Hórus disse...

Escrever mal assim como escrevo é
lembrar-se aprisionado pela forma do verso que ainda não tem forma.
Quantas vezes o conteúdo se me apresentou... tão distante...
Virgílio fez tão perfeitos que mais parecia natureza.
Que tristeza não saber cantar devidamente a beleza que há na natureza.
Será que ela escuta a mim?
Pelas marés, através de monotonias siderais... reflexos espectrais de palavras em som em mente.

Escrevo mal, mas a insistência é minha mais obstinada mania.

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