Ausência de quê?
Dia de muito,
véspera de nada.
Incólume sigo cheio.
Afinal onde quer haver
o que sente faltar?
Perde a liga quem a si boicota.
Alma cheia, horizonte
em vista vasta e larga,
cabe.
Olhos perdidos a fitar
a plenitude irridiscente
que ao olhar arrasta...
Só por lhe ser semelhante.
Feliz quem coisas na
realidade não separa;
uni-las é o que basta.
Seja lá ou cá onde
as quer ter,
o cor é caixa acústica
e vetusta a preencher
distâncias de som e luz.
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