Homília ao estar-a-ser criança,
12/10/2008.
[Verso, sorriso guardado].Emprego tática,
escrevo não sei porquê.
É um fio de música
na clareira dentro...
Ei-la.
Não mais corpos infantes
correram ruas como antes.
Deixa-se o pega-pega,
para trás o esconde-esconde,
mágica infantil e leve.
Por que será tão breve
o período da rima sempiterna?
Como dever ser a alma plena
coisa que a vontade inclina:
miríadas de sensações no laço,
comboio de memórias traço,
trazendo na alma qual cisterna
o amanhecer e a luz eterna,
reflexo do qual como farol,
gira a lanterna acesa em caracol,
a subir e a descer,
conforme calha a sorte
dos que vivem após a morte...
Ao longe o monte uniforme,
um ponto onde tudo dorme,
logo irradia e consome.
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