"Lembra-te...
nos dias de tua mocidade,
antes que se te acheguem
os dias do mal,
em que dirás:
'neles não tenho prazer algum'
Antes que
o fio de prata se rompa
& a taça de ouro se parta..."
Abra a porta e vá entrando,
Eu me proporcionei.
Agora a ti me dirijo:
O teu sorriso me convenceu.
A lua era vista por côncavas
mínguas, salientes a arestas.
Crepitastes madrugadora
& vermelhidão da aurora
espalhou-se,
a mesma vinha que ora doura
no crepúsculo retraístes.
Cientes todos que os corpos
rigorosamente não se tocam,
os jovens que
desejam burlar as leis da física
na fricção incessante e sentida
acendem a lareira silenciosa
na resistência contrária ao fluxo.
Ó meus amados ossos,
que nem são meus exceto
pelos sete anos que os trago,
vive o dia como rangem!
Ao fio
sente-se os frios do outono
as colunas
& calor amenos,
A medula licorosa.
Langorosa melodia,
Células de um só dia,
que te as une a mim?
Curumim, quem te deu a face linda?
Rouxinol de asas douradas quê as uniu?
Não desperdiço uma gota
Do que me permite.
Ó vermelhos é minha febre,
únicas coisas que me sabem
os estados de alma únicos,
o lavor de minhas túnicas.
Minhas malhas de espécies
Memoriosas, Escarmento.
Para a saúde dos lábios
o beijo artístico elástico.
Tabuleiro de runas desmanchado,
Nas sem fim fraturas;
Futuras ruínas do anfiteatro,
o porvir é questão de tempo.
Molda o epitélio tecido plástico
que é teu imaginar o sonho da matéria...
O devir afeito é ao sonhar,
& sem dormir do mesmo modo,
trago do oceano magnético
o molde da substância que nem o é,
tanto o seja uma entidade de todas qualidades:
tocável e não, visível e não, crível e não,
amável e viva.
O pouco atrabilário
Limite escaldério que
Não me houver de ver
é via para o prazer do oposto,
a lira e o arco quando lhe tanjo
o ângulo da corda.
Dor e morte e vida e deleite
de um extremo a outro do arco.
Dê-me as mãos para beijar-lhas,
ao clarão da lareira
tu quando dai-me lírios...
A vantagem do corpo
é não ter fim o renovar-se.
Que na tua vida de tudo tenhas vinte.
Vinte anos, poemas de cor,
técnicas e saberes,
vinhas e cores,
misturas e toques.
Flexões & abdômen,
o dólmen rijo
de cento e vinte flexões.
Irrompo as membranas
Que antecedem o sol,
& erijo no topo o broto
Pela respiração e influxos
Que coadunam a rigidez macia do sexo.
As pernas a vinte quilômetros por ora,
& pelo menos o dobro de rota diária,
O derredor acometido freme...
Ao revérbero de meus passos.
Aos andrajos, sustos aos enganos,
Os que me não suportam.
Quem é firme balanceia
& quem titubear tombará;
A!
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