Não admiro nenhum jovem que se diga hedonista.
Em suas palavras toda afirmação é uma falta.
O moderno hedonismo é um suscedâneo do mercado.
Trata-se o corpo segundo a norma do consumo.
Se se quer experimentar os limites,
saiba-se o limite da resistência dos materiais.
Querem viver os limites do consumir-se
e perdem-se nas periferias do poder,
tão alijados do ponto onde tudo acontece.
Conheci uma jovem que cheirava a combustão.
Os romanos, ricos em experiências, sabiam
o que é o prazer?
Os modernos conseguem ser mais pobres
que os medievais - disse um amigo.
Pois vivem o que crêem tão somente
na situação em que se sentem parte.
O privado é o que e como 'possuem'.
O prazer que nunca 'têm' é a falta,
como o que compram porque não gozam.
Combustão pobre e efêmera,
feita de suspiros, uma foleira,
que deitar fora o sopro,
é qual uma freira,
o ato e o olhar de hábito réprobo.
Os que se iram e gritam para que
o mundo desapareça, os que condenam
todos ao inferno de suas esperança,
malogrados, são ressentidos e afetados
como poucos, e o grito,
está aí!
Em nada se distinguem da massa informe.
A crítica deixa após sua entrada triunfal
a segar as messes podres, o rico e plácido
caminho por onde as jóias passarão.
O negativo é só uma fase,
coisa de crianças que
foram arrancadas cedo
do seio a que ainda anelam.
A imperícia e insegurança da juventude!
Os romanos tinham o Circus Maximus.
Os modernos tem essa hemorragia interna
porque não sabem dar vazão.
A indiferença a eles congemina,
e a pobreza segue aqueles que
já não podem significar suas vivências.
Nada se repete (nem retorna como mesmo)
nem uma sensação é idêntica,
quando é preciso que tudo mude
para que cada coisa permaneça o que é,
mudo, mas não mudo tanto,
tranformo o diferente no igual,
devido ao meu metabolismo:
a tua dieta é o que importa,
dize-me o que comes e eu te direi que és.
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