terça-feira, 8 de dezembro de 2009

XVI

Querei, ousai, sabei, calai.

Mutter-Erde! Akasha!

Elas diziam-me, ontem,

Que /o/homem/a/mulher

É seu muito grande enfado.

Como Atlas que o mundo

Carrega & queixumes alastra

Passa o Rancoroso

Pelo que ambos de cada um,

Não adianta,

Não realizam.

O homem trabalha como escravo.

A emancipação que quer a mulher

É tornar-se o mesmo que o homem:

Infame, inglório ninguém,

Um velho gordo em veias

& em velas vis covardias

Como múmia e mortalha.

Falo de mulheres não de meninas,

Que sobrecarregam manigâncias.

Como feliz fui à vingança delas

Quando dizem de si “emancipadas”

& meu elogio fazem no tecido em chamas

Das verdadeiras lâmpadas

Que o assombro & o céu de volta trazem:

Atacar é honrar.

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